segunda-feira, outubro 13, 2008

Quadros

A minha casa é pequena
para tantas lembranças.
Nesse aperto me encolho
e as lembraças crescem.
Quando entro em casa
e dispo os sapatos
o presente, porta afora.
Porta adentro o passado.
Teu rosto me assombra
na sombra das paredes
quadros invisíveis teus
sussurram teu nome.
Três sofás velhos gastos
e um sino-dos-ventos
sabem que em vão invento
maneiras de te olvidar.
Esta é minha casa
meu lar sempre foi
o que restou de ti:
lembranças.

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