segunda-feira, janeiro 08, 2007

Eu e você

Me espere como se espera a uma carta anseada:
amando a espera e imaginando minhas palavras;
me recorde como se recorda um verão intenso,
esqueça minhas tempestades e guarde o meu calor.

Me queira como se quer a uma lua longínqua,
ainda que não me tenhas conserve minha luz.
Me tenha como tens a tua saudosa infância
que é só tua, e que ninguém relegue ao olvido.

Me perca como se perde um rei negro no xadrez,
com soberba e resignação vencedoras de quem ousa.
Me lembre como se lembra um primeiro beijo,
que ainda que só lembrança seja único e primeiro.

Me ame como te amo.

2 comentários:

Anônimo disse...

Amar, amar....amor é quando conhecemos os piores defeitos do outro ser, e ainda assim estamos ao seu lado. A futilidade, a frivolidade, o amor ficante, amor jogo, quero-não-quero, isso banaliza, mata. Encontraremos um dia o amor literal, o amor fatal de que vitimava amantes séculos antes de nós? Não sei...
Mas me sinto doente, fraca, acho que estou morrendo de bovarysmo...

"Descobri seu blog também, e antes de qualquer coisa, antes de ler o jornal, eu o leio. 'E como se espera uma carta anseada', vejo se andou pelos meus terrenos também, se leu meus escárnios, meus semi-textos...Interessante.
Obrigada."

Anônimo disse...

Querido felix, lo extraño, pero leerte, siempre un placer para mí,me cura un poco esa saudade que tengo de usted. Lo extraño mucho, no sabe cuanto, ojalá pronto reciba noticias suyas, deseo para usted también lo mejor en este año. Muchos besos, de esta musa enferma de luna.
Muitos beijos, nesta noite sem vc.